domingo, 4 de maio de 2008

Pirataria invade o cinema


A pirataria, que prejudica consideravelmente a indústria musical, está ameaçando também a arte cinematográfica.

A popularização da internet ampliou ainda mais a falsificação ao possibilitar que as pessoas pudessem gravar em MP3 suas músicas favoritas e confeccionar os seus próprios CDs. Modificando até mesmo a pirataria convencional dos camelôs, que simplesmente copiavam os CDs originais.

Enquanto o MP3 é o maior vilão do meio musical, o DVD e os programas de computadores cada vez mais eficientes na reprodução de filmes estão roubando a cena no meio cinematográfico. Com a proliferação da pirataria, um filme antes de ser lançado ou simultaneamente enquanto está sendo apresentado nas salas de cinema já foi visto por várias pessoas e já existem milhares de copias falsificadas em DVDs. Atualmente, o caso mais recente foi o nacional Tropa de Elite, que ascendeu a discussão sobre o tema.

O baixo custo dos DVDs falsificados é o maior atrativo para a pirataria. Enquanto o ingresso do cinema custa em torno de R$ 16,00 e o preço de um DVD original está na faixa de R$ 50, 00, o filme pirateado vale apenas R$ 5,00 ou simplesmente o preço de custo de uma mídia DVD utilizada para gravar o arquivo retirado direto da internet.

Diferente do que ocorreu com os CDs originais que foram praticamente substituídos pelos MP3. A pirataria não conseguiu atingir tão drasticamente a indústria cinematográfica. Há muitas pessoas que ainda preferem ver os filmes nos cinemas como uma forma de lazer.

Mesmo assim, as produtoras de filmes devem buscar uma maneira de lidar com essa nova realidade e não cair no mesmo erro que as empresas musicais que ignoraram o problema e acabaram sufocadas com tantos CDs piratas. É preciso encontrar uma maneira de utilizar o potencial das tecnologias, atualmente usadas para a ilegalidade, a favor da arte cinematográfica.

Por: Thaís Passos

Pirataria lança filme de sucesso


“Tropa de Elite” (Brasil, 2007) foi o maior fenômeno de 2007. Porém mais um triste episódio da pirataria, que fez o filme chegasse às ruas três meses antes da estréia oficial. Estimativas tímidas falam que cinco milhões de pessoas o viram antes de estrear. E quem não viu, ouviu falar. Alheia a isso, gente de todas as camadas sociais via o filme e falava sobre ele, quase sempre de forma elogiosa. Personagens foram transformados em heróis populares. Diálogos viraram gírias regionais. A obra de José Padilha ultrapassou expectativas e se tornou algo maior do que um simples filme. Virou fenômeno cultural.
A repercussão estrondosa tem explicação. “Tropa de Elite” cutuca simultaneamente duas feridas profundas, abertas desde sempre na auto-estima do brasileiro: a violência e a corrupção. O filme foi gravado no estado do Rio de Janeiro e como em “Cidade de Deus” retrata a realidade das grandes favelas. E faz isso com discurso agressivo, disparando uma reação emocional de impacto em qualquer espectador que já se tenha visto encurralado ou intimidada por uma das duas coisas, que existem em qualquer esquina de todas as cidades brasileiras.

por Julyana Almeida

Fetival de Gramado 2008


O 1º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado aconteceu de 10 a 14 de janeiro de 1973, passando a realizar-se todos os anos. Desde essa época Gramado transformou-se num palco que traduz as glórias e crises do cinema nacional. Reunindo um grande número de filmes e de pessoas que querem falar de cinema, criação, sonhos e possibilidades de fazer sempre mais e com qualidade, o Festival é hoje um espaço indispensável para a divulgação, discussão, crítica e incentivo à criação cinematográfica nacional.
O 36º Festival de Cinema de Gramado será realizado na cidade de Gramado, Estado do Rio Grande do Sul, no período de 10 a 16 de agosto de 2008, as inscrições já estão abertas para concorrer nas seguintes categorias: longas brasileiros, longas estrangeiros, curtas 35MM, mostra gaúcha.

Mais informações pelo site: www.festivaldegramado.net ou pelo e-mail: festival@festivaldegramado.net

por Julyana Almeida