segunda-feira, 21 de abril de 2008
Cinema: o início de uma arte
O cinema é, desde a sua criação, uma das opções de lazer preferidas de muita gente. No entanto, não são muitos os que conhecem a origem desse grande meio de entretenimento. Na verdade, o cinema surge a partir de um longo processo. No qual a criação do cinematógrafo, em 1895 pelos irmãos Auguste e Louis Lumière, foi essencial. O novo aparelho possibilitou a reprodução de filmes e serviu também de inspiração para denominar a nova arte: a cinematográfica. A primeira sessão de filmes apresentada pelo invento dos irmãos Lumiére, em 28 de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris, marcou oficialmente o inicio da história do cinema.
Como os primeiros passos do cinema começam na Europa, ela acaba se tornando o centro da arte cinematográfica. Porém, com a Primeira Guerra Mundial, a indústria européia de cinema entra em crise e Hollywood assume a magestade, mantida até hoje. São criados os mais importantes estúdio de cinema: Fox, Universal e Paramount. No final de 1929, o cinema de Hollywood já era quase totalmente falado. No resto do mundo, por razões econômicas, a transição do mudo para o falado foi feita mais lentamente.
A história do desenvolvimento do cinema brasiliro desde o inicio apresentou problemas, alternado em um ciclo de sucesso e decadência. A invenção dos Irmãos Lumière até que chegou rápido ao Brasil. O primeiro filme foi exibido em julho de 1896 no Rio de janeiro, poucos meses depois da invenção do cinematográfico. No entanto, antes que as produções nacionais conseguissem ser aprimoradas, os filmes norte americanos invadem também o Brasil durante a Primeira Guerra Mundial. As produtoras brasileiras falem ou se tornam simplesmente distribuidoras de filmes estrangeiros.
Apesar de tudo isso, foi na década de 30 que surge a esperança de os filmes brasileiros serem a principal escolha do público. Pois, nesse período o audio é incorporado a cinematográfia, então os espectadores poderiam ter problemas com a língua. portanto, são criadas as primeiras empresas cinematográficas nacionais e as produtoras de filmes do gênero chanchada. Porém, ao contrário do que se imaginava, o público brasileiro rapidamente se acostuma a ler legendas. A perspectiva de melhora logo desapareceu.
O cinema nacional só alcança exito mesmo em 1960 com o “Cinema Novo”. Quando deixa-se de tentar copiar o padrão de filmes de Hollywood e passa a explorar temáticas brasileiras com o objetivo de incentivar a mudança social. Esse progresso teve vida curta. Nas duas décadas seguintes o cinema volta a ter problemas. A crítica e os grandes problemas nacionais saem de cena para dar espaço para filmes de temáticas simples e de caráter sexual. É a época da pornochanchada. A qualidade é deixada de lado.
Na década de 1990 há uma busca por parte dos cineastras a produzirem algo capaz de alcançar uma quantidade razoável de público. Para isso, são criados filmes variados em diversos gêneros: comédias, dramas, política e policial. Mas só a partir de 1995 conseguem efetivamente aumentar o número de filmes realizados. Atualmente, o cinema nacional vive uma fase de sucesso se comparada às anteriores. Alguns filmes lançados nos primeiros anos do novo século, com uma temática atual e novas estratégias de lançamento, como Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco e tropa de elite (2007) de José Padilha, alcançam grande público no Brasil e perspectivas de carreira internacional. Se essa qualidade de produções continuar, só restará para a concretização do sucesso dos filmes nacionais os brasileiros valorizarem mais o que é feito em seu país do que os filmes de Hollywood.
por Thaís Passos
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