domingo, 4 de maio de 2008
Pirataria invade o cinema
A pirataria, que prejudica consideravelmente a indústria musical, está ameaçando também a arte cinematográfica.
A popularização da internet ampliou ainda mais a falsificação ao possibilitar que as pessoas pudessem gravar em MP3 suas músicas favoritas e confeccionar os seus próprios CDs. Modificando até mesmo a pirataria convencional dos camelôs, que simplesmente copiavam os CDs originais.
Enquanto o MP3 é o maior vilão do meio musical, o DVD e os programas de computadores cada vez mais eficientes na reprodução de filmes estão roubando a cena no meio cinematográfico. Com a proliferação da pirataria, um filme antes de ser lançado ou simultaneamente enquanto está sendo apresentado nas salas de cinema já foi visto por várias pessoas e já existem milhares de copias falsificadas em DVDs. Atualmente, o caso mais recente foi o nacional Tropa de Elite, que ascendeu a discussão sobre o tema.
O baixo custo dos DVDs falsificados é o maior atrativo para a pirataria. Enquanto o ingresso do cinema custa em torno de R$ 16,00 e o preço de um DVD original está na faixa de R$ 50, 00, o filme pirateado vale apenas R$ 5,00 ou simplesmente o preço de custo de uma mídia DVD utilizada para gravar o arquivo retirado direto da internet.
Diferente do que ocorreu com os CDs originais que foram praticamente substituídos pelos MP3. A pirataria não conseguiu atingir tão drasticamente a indústria cinematográfica. Há muitas pessoas que ainda preferem ver os filmes nos cinemas como uma forma de lazer.
Mesmo assim, as produtoras de filmes devem buscar uma maneira de lidar com essa nova realidade e não cair no mesmo erro que as empresas musicais que ignoraram o problema e acabaram sufocadas com tantos CDs piratas. É preciso encontrar uma maneira de utilizar o potencial das tecnologias, atualmente usadas para a ilegalidade, a favor da arte cinematográfica.
Por: Thaís Passos
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