segunda-feira, 19 de maio de 2008

Filmes contribuem para o aumento da violência


A violência é uma das principais causas de morte entre os adolescentes. A grande questão é entender o que está deixando os jovens tão agressivos. Segundo uma pesquisa realizada pelo instituto American Psychological Association (APA), os filmes violentos podem influenciar o comportamento das crianças. As pesquisas psicológicas apresenta três efeitos nocivos desses filmes.

O primeiro é o fato deles tornarem os jovens telespectadores menos sensíveis ao sofrimento. O segundo agravante apontado pela APA está diretamente ligado ao primeiro, ao não considerar errado o comportamento violento, os jovens podem reproduzir as atitudes dos personagens. Os filmes podem deixar as crianças e adolescentes mais amedrontados em relação ao mundo ao seu redor, pois as levaria a imaginar que elas vivem em um lugar perigoso.

É claro que o ambiente onde o individuo cresce e sua personalidade também devem ser levados em consideração na determinação de seu comportamento. Mas é fato que vários casos de assassinatos, foram inspirados em filmes. Quem não se lembra do jovem estudante de medicina que abriu fogo conta uma platéia num cinema em São Paulo, na tentativa de reproduzir as cenas dos filmes e dos videogames.

Algumas produções nacionais como "Cidade de Deus" estão contribuindo para que os telespectadores se sintam seduzidos pela criminalidade. O objetivo dos filmes são deturpados e acabam produzindo o efeito contrário do que foi inicialmente idealizado. Não levam a reflexão das causas sociais, mas influenciam a platéia a valorizarem o narcotráfico e a colocarem os traficantes como ídolos.

As produtoras não precisam parar com as cenas violentas. A responsabilidade cabe aos pais de proibirem seus filhos, que ainda não conseguem ainda distinguir a realidade da ficção, de assistirem filmes inadequados. Os responsáveis pelos cinemas também têm o dever de garantir fiscalização e fazer cumprir as leis de classificação de filmes de acordo com a faixa etária.

Cinema 3D promete sessões eletrizantes


Cineasta canadense, James Cameron, esta patrocinando o cinema 3D. Até então a imagem era separada por prismas, de um filme comum, e éramos obrigados a usar óculos com lentes coloridas. O resultado era artificial e forçado, com filmes praticamente parando para que algo fosse "jogado" em direção à platéia.

A nova tecnologia usa câmeras digitais de alta definição com lentes que se movem simulando o movimento dos olhos humanos, gerando o efeito de paralaxe que gera a imagem tridimensional.

Isso pode ser literalmente o futuro do cinema, se atingir a maturidade sem cair no modismo que dizimou as tecnologias antigas.

A nova geração do cinema demorou para chegar ao Brasil, o primeiro cinema 3D estreou em dezembro de 2007, no shopping Eldorado, em São Paulo. A morte do cinema convencional estava prevista. Os custos de um cinema são muito altos: tecnologia cara, necessidade de grande espaço, infra-estrutura cara, etc. Para manter um nível de qualidade razoável, é preciso manter o preço dos ingressos lá em cima, o que acaba afastando os clientes.

A produção de um filme de animação em 3D eleva os custos em aproximadamente 10 a 15 milhões de dólares, mas a despesa é válida. Os cinéfilos estão aceitando pagar o dobro do ingresso para assistir uma animação de forma mais excitante.

domingo, 18 de maio de 2008

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal


Estreia nesta quarta feira o novo filme de Harrison Ford, o famoso e talentoso Indiana Jones. Um dos maiores heróis do cinema está de volta, quase 20 anos depois: e numa forma de dar inveja. Precedido por Os Caçadores da Arca Perdida (1981), Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984) e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), o ator volta com personagem mais famoso do cinema.

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal - Em 1957 - o auge da Guerra Fria. Indy (Harrison Ford) e seu ajudante Mac (Ray Winstone) escaparam por pouco de um encontro com nefastos agentes soviéticos em um campo de pouso remoto. Agora, o Professor Jones voltou à sua casa na Universidade Marshall, mas seu amigo e reitor da escola (Jim Broadbent) explica que as ações recentes de Indy o tornaram alvo de suspeita e que o governo está pressionando para que o demita. Ao deixar a cidade, conhece o rebelde jovem Mutt (Shia LaBeouf), que tem uma proposta: Se ele ajudar Mutt em uma missão, Indy pode deparar-se com A Caveira de Cristal de Akator. Agentes soviéticos também estão em busca do artefato, entre eles a fria e devastadoramente bela Irina Spalko (Cate Blanchett), cujo esquadrão de elite está cruzando o globo atrás da Caveira de Cristal

Brasil em Cannes: Filme nacional na disputa pelo Palma de Ouro


O 61º Festival de Cannes, o mais prestigiado e famoso festival de cinema do mundo, está movimentado o meio cinematográfico. O evento é realizado na França desde de 1945 durante o mês de maio. Este ano, a festa começou no dia 14 e será encerrada apenas no dia 25, quando todos conhecerão o filme ganhador de um dos prêmios mais importantes na arte cinematográfica, o Palma de Ouro.

Para a alegria dos brasileiros, nesta edição, entre os vinte e dois filmes competidores do festival, está um brasileiríssimo, o Linha de Passe, dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas. O Brasil só levou a estatueta uma única vez, em 1946 com O pagador de promessas. Agora, após 62 anos, cresce a expectativa nos brasileiros de ganhar a Palma de Ouro mais uma vez.

Linha de Passe, que estreou no festival nesse sábado (17), se baseia em questões sociais, na realidade da grande maioria dos brasileiros que tem uma vida difícil e que mesmo assim não se rendem a criminalidade. O longa retrata a vida simples de quatro irmãos da periferia de São Paulo, que lutam contra a falta de oportunidades e buscam realizar o sonho de mudar de vida através do esforço e não por meio da violência.

Os diretores, a produção, o elenco do Linha de Passe e todos os brasileiros já podem se considerar vitoriosos só por estarem competindo com filmes inscritos de diversas partes do mundo. Estar nessa lista é uma prova do renascimento do cinema nacional.
Por: Thaís Passos